Quatro dos 14 detidos na quarta-feira numa operação de combate ao tráfico de droga em Leiria, Coimbra e Nazaré vão aguardar o desenvolvimento do inquérito em prisão preventiva, disse hoje fonte da GNR.
Segundo a mesma fonte, dos 12 arguidos presentes a primeiro interrogatório judicial, três homens e uma mulher ficaram em prisão preventiva.
Aos restantes oito foi aplicada a medida de coação de apresentações periódicas às autoridades (que varia entre uma vez e quatro vezes por semana), além de que sete arguidos ficam também proibidos de contactos entre si, revelou este responsável da Guarda Nacional Republicana.
Na quinta-feira, a GNR anunciou que tinha detido 14 pessoas numa operação em que foram cumpridos 10 mandados de busca domiciliária e 11 mandados de detenção emitidos pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Leiria.
Dois homens, de 21 e 25 anos suspeitos de posse de arma proibida, foram sujeitos a termo de identidade e residência e acabaram por ser restituídos à liberdade.
Os outros 12 detidos, sete homens e cinco mulheres, com idades entre os 20 e os 62 anos conheceram hoje as medidas de coação aplicadas pelo juiz de instrução criminal.
De acordo com a GNR, “no âmbito de um processo de investigação de tráfico de estupefacientes que já teve várias operações, na quarta-feira foi desenvolvida uma operação na Cova das Faias [Leiria], também no centro de Leiria, Coimbra e em Famalicão, na Nazaré”.
Nesta operação, foram apreendidos “66.390 euros em numerário, três viaturas ligeiras e 37 telemóveis”.
A GNR apreendeu ainda “51,08 gramas de cocaína (255,4 doses), quatro gramas de haxixe (oito doses), cinco armas (três brancas e duas espingardas de ar comprimido) e 16 cartuchos”, além de uma coluna de som e um televisor.
“Os arguidos não têm profissão conhecida e alguns têm relações familiares entre si”, referiu a fonte da GNR, que atribui ao grupo a responsabilidade pela transação de droga na região.
No decurso desta investigação foram já detidas 24 pessoas e apreendidas mais de 7.200 doses de droga.
Esta acção foi desenvolvida pelo Destacamento Territorial de Leiria da GNR, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC), e foi reforçada por militares da Secção de Informações de Investigação Criminal deste comando, e pelos NIC de Pombal e Caldas da Rainha.
Participaram ainda os destacamentos de Intervenção de Leiria e Santarém, o Grupo de Intervenção Cinotécnica e Grupo de Intervenção e Ordem Pública (ambos da Unidade de Intervenção da GNR) e Polícia de Segurança Pública, com um total de cerca de 80 elementos, número actualizado por esta força de segurança após inicialmente ter avançado que eram 70.