Desde há mais de um século, a sigla RAF designa a real força áerea britânica, que por duas vezes ajudou a vencer a ameaça nazi. RAF é o nome de guerra escolhido por Rafael Coelho (que viveu nas ilhas britânicas) para ir a palco e assinar as primeiras edições. No ano passado, saiu o single “Essa”, e em Maio de 2024, o EP de estreia, Terceira Pessoa. A apresentação oficial ao público acontece este sábado, 21 de Setembro, na Black Box, com início às 21:30 horas.
Como um bombardeiro ou avião de caça em pleno voo, RAF está a meio caminho entre dois territórios, o que se reflecte no alinhamento previsto para o concerto em Leiria, cidade onde nasceu e reside. Vai “mostrar o que foi feito” e também “o que vai ser lançado no futuro”, explica o músico, ou seja, excertos do novo EP, Third Person, cantado em inglês, com lançamento agendado para 2025. Os dois trabalhos completam-se, “quase como se fossem dois lados da moeda”.
Nas canções que escreve, RAF procura conciliar as raízes com influências de vários géneros musicais (pop, afrobeat, rap, R&B) e artistas como Van Zee ou Slow J. Sempre com uma “escrita pessoal” e “íntima”, em que frequentemente analisa sentimentos e relações. O próximo EP será “mais cru” e com mais espaço para a guitarra em modo acústico.
Depois de um ano em Lisboa, em que trabalhou e aproveitou para frequentar cursos de teatro e jornalismo, Rafael Coelho mudou-se para a República da Irlanda e estudou música em Dublin. Está agora de regresso a casa e, na Black Box, conta com os convidados Mike Flowers, Nerublanco e Rafa Martini, todos de Leiria.