As buscas dos três tripulantes de uma embarcação desaparecida na sexta-feira ao largo na Nazaré foram reforçadas hoje de manhã, envolvendo meios aéreos, marítimos e terrestres, disse à Lusa o capitão do Porto da Nazaré.
Mário Lopes Figueiredo afirmou que estão no terreno elementos dos comandos locais da Polícia Marítima da Nazaré e da Figueira da Foz, a fazer buscas por terra, com a colaboração dos bombeiros voluntários de Vieira de Leiria, encontrando-se, no mar, de Pedrógão para sul, até S. Pedro de Moel, uma embarcação semirrígida da estação salva-vidas da Nazaré e, na área da Figueira da Foz, o salva-vidas desta estação, de grande capacidade, a embarcação Patrão Macatrão.
Por via marítima, prosseguem igualmente as buscas pela corveta da Marinha NRP João Roby, a qual operou durante a noite, período em que estiveram envolvidos nas patrulhas em terra elementos dos bombeiros voluntários de Vieira de Leiria.
Por via aérea, a zona está a ser sobrevoada, desde as 8:30 horas, por um helicóptero Koala da Força Aérea, com autonomia inicial até às 10 horas, disse. “Neste momento estamos a centrar as buscas na área de Pedrógão, num esforço conjunto entre a capitania do Porto da Figueira da Foz, de Pedrógão para norte até ao Osso da Baleia, que fica a cerca de 15 quilómetros a norte do Pedrógão. De Pedrógão para sul, até S. Pedro de Moel, que são cerca de 10 quilómetros, o esforço de buscas está a ser feito pela capitania do porto da Nazaré”, declarou.
Mário Lopes Figueiredo afirmou que o alerta foi dado ao comando local da Polícia Marítima da Nazaré cerca das 14:15 de sexta-feira, tendo os meios sido “enviados de seguida”.
Nas buscas realizadas a partir da tarde de sexta-feira esteve envolvido, até cerca das 23:30, o helicóptero EH-101 MERLIN, da Força Aérea.
O mestre da embarcação, de nacionalidade portuguesa, conseguiu chegar a nado à Praia do Pedrógão, cerca das 18:20 de sexta-feira, mas os restantes três tripulantes, dois homens de nacionalidade indonésia e um marroquino, continuam desaparecidos.
Os quatro homens são tripulantes da embarcação Letícia Clara, pertencente a um armador de Vila do Conde.
O último contacto com a tripulação ocorreu cerca das 8:00 de sexta-feira, tendo o alerta sido dado durante a tarde pelo proprietário da embarcação “que não teve mais contacto com os tripulantes após o telefonema ao início do dia”,refere a Lusa, de acordo com informação comunicada ao Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo Lisboa pelo capitão do Porto da Nazaré.