A rede de compostores domésticos da Valorlis vai ser reforçada com a distribuição de mais 4500 equipamentos pelos seis concelhos abrangidos por este sistema multimunicipal (Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém, Porto de Mós e Pombal).
A entrega dos compostores só acontecerá em 2021, de forma a permitir que, até lá, sejam postas no terreno acções de sensibilização e de formação, que garantam uma boa utilização do sistema.
Com esta medida, pretende-se “reduzir a quantidade de resíduos orgânicos possíveis de compostar depositados em aterro”, explica a Valorlis que foi “pioneira” a nível nacional na implementação de um projecto de compostagem doméstica. Iniciado em 2007, este programa conta actualmente com 8.819 compostores e já permitiu desviar do aterro quase 19 mil toneladas de resíduos.
Em causa está o aproveitamento de matéria orgânica decorrente da preparação de refeições e do consumo de alimentos, como cascas de batata ou de fruta e restos de legumes, para a produção de composto que pode depois ser utilizado na agricultura ou em jardins.
[LER_MAIS]“Para o sucesso do projecto foi fundamental a entrega de compostores ser acompanhada de acções de sensibilização realizadas em parceria com as juntas de freguesia e câmaras municipais. Todos os compostores foram registados numa base de dados específica e monitorizada a sua utilização”, refere a empresa, adiantando que o modelo será mantido com a distribuição dos novos equipamentos.
Ao JORNAL DE LEIRIA, a Valorlis refere que o reforço da rede de compostores tem em conta “o sucesso deste projecto e as manifestações de interesse da população”.
A medida acontece num momento em que está a ser definida a estratégia para os bioresíduos em Portugal, prevendo-se que até 2023 esteja no terreno mais um contentor para a recolha selectiva deste tipo de material.
“Vem aí um grande desafio, para responder aos bio-resíduos. As câmaras vão ter de assegurar essa recolha, mas ainda há muita coisa por definir. O que se sabe é que, até 2023, os municípios terão de criar essa resposta”, disse Ana Esperança, vereadora do Ambiente da Câmara de Leiria, durante a reunião de executivo realizada na semana passada.
Na ocasião, a autarca adiantou que os municípios da região “estão a trabalhar com a Valorlis” na procura de uma solução.
A empresa adianta ao JORNAL DE LEIRIA que já apresentou uma candidatura ao POSEUR para “assegurar o tratamento dos bio-resíduos recolhidos selectivamente”, com a instalação de mais um digestor.
Os números
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