É um dos grupos mais importantes do sector na região e os 30 anos que está a comemorar são prova disso. A Iber-Oleff tem crescido graças a um “forte empenhamento”, que o presidente do Grupo Iberomoldes, Joaquim Menezes, confessa que também tem algo de “teimosia”.
“Na generalidade, as pessoas, como em todos os projectos empresariais, são fulcrais na realização dos objectivos. Na nossa indústria, todos os dias temos de estar a mudar e atentos às tendências da tecnologia e dos mercados. Todos têm de participar e estar abertos a estes constantes movimentos de mudança, que implicam aprendizagens novas e aperfeiçoadas”, salienta.
Joaquim Menezes reconhece que o balanço dos 30 anos é positivo, “não só pelos números, mas principalmente pelo reconhecimento por parte da sociedade e dos clientes”. “Em 2010, tivemos a saída do nosso parceiro alemão, que foi em si uma infelicidade, mas por outro lado tivemos de ultrapassar o enorme desafio de nos redefinir e, principalmente, afirmar tanto ao nível de engenharia/técnica e industrialização/produção como ao nível comercial e financeiro, perante toda a indústria automóvel, na Europa e no Brasil, que hoje nos reconhece”, destaca o presidente, sublinhando que “este reconhecimento é o maior e melhor prémio destes 30 anos de actividade”.
Sedeada em Pombal, a Iber-Oleff emprega actualmente cerca de 470 pessoas, o que representa 63% de um total dos 750 colaboradores do Grupo Iberomoldes, ao qual pertence e em 2022 atingiu um volume de negócios de 30,6 milhões de euros, um crescimento de 2,7 milhões de euros face ao ano anterior. “Para 2023, temos uma projecção de encerramento do ano, com facturação perto de 32 milhões de euros, um crescimento de cerca de 3,6%, que só não será superior, pelas paragens que ocorreram, principalmente no Grupo Volkswagen (Portugal, Espanha e Alemanha), por problemas nas respectivas cadeias de fornecimento”, explica.
Exportação indirecta supera os 95%
A Iber-Oleff tem uma taxa de exportação directa de 64% e indirecta de mais de 95%, exportando os seus produtos, sobretudo para Espanha, Alemanha, Áustria, Hungria e Itália, não estando previstos novos mercados num futuro próximo.
“O nosso posicionamento estratégico e compromisso são com os principais construtores automóvel, onde nos temos vindo a afirmar de forma consistente e diferenciadora”, assume. No entanto, admite que as diferentes valências de que o Grupo Iberomoldes dispõe, permite “abrir caminho para outros sectores”, que surgem “quer genericamente na mobilidade eléctrica (onde estamos bem posicionados) quer nos dispositivos médicos, aeronáutica e electrónica”, onde estão a crescer.
Em Maio, a Iber-Oleff Brasil foi vendida à CIE Automotive por 20 milhões de euros, que reúne “condições de complementaridade, de produtos e capacidade financeira”, que “servirão para alavancar o crescimento e desenvolvimento da empresa”.
“Foi uma operação que fez todo o sentido no timing e oportunidades para ambos os grupos”, cujo valor permite continuar a “consolidar o desenvolvimento e posicionamento” da empresa, “reforçando a capacidade produtiva e tecnológica, bem como suportar os novos projectos, que se encontram em desenvolvimento”.