O presidente do PSD esteve, esta tarde, em Leiria, onde reiterou que não é contra o aumento do salário mínimo nacional (SMN) e que tem uma “proposta séria” para uma “economia robusta”. Rui Rio repetiu ainda as acusações a António Costa de “fazer demagogia”.
“Não deve haver nenhum português da extrema-direita à extrema-esquerda que ache que o salário mínimo nacional é um salário confortável e que as pessoas podem viver com aquele dinheiro. Todos nós percebemos que não”, declarou.
O líder dos sociais-democratas sublinhou, no entanto, as diferenças que, no seu entender, separam a visão do PSD e a do PS. “A diferença é entre fazer uma proposta séria, ter uma economia robusta, capaz de pagar salários cada vez mais altos. Outra é fazer demagogia como ele [António Costa] faz, a dizer que nós somos contra”, concretizou.
Em matéria de salário mínimo nacional, o programa eleitoral do PSD defende, em primeiro lugar, que é “em sede de concertação social que o tema deve ser decidido, entre os diferentes parceiros sociais” e que o aumento “deve estar em linha com a inflação mais os ganhos de produtividade”.
Rui Rio falava na iniciativa Conversas centrais sobre o regime, realizada na Praça Rodrigues Lobo, com a presença do cabeça-de-lista do PSD por Leiria, Paulo Mota Pinto, e do ex-deputado socialista e mandatário distrital Henrique Neto.
Antes, houve uma arruada pela cidade e uma reunião com representantes das Comunidades Intermunicipais de Leiria e de Coimbra.
Nesse encontro com os autarcas, foi apresentada aos candidatos a deputados por Leiria a posição conjunta que os municípios tomaram na designada cimeira de Ansião, focalizada na necessidade de reforço dos níveis de financiamento para a região nos programas e políticas de execução dos fundos europeus e de investimento do Estado.
Já no percurso que fez pelas ruas da cidade, ladeado por Henrique Neto e Paulo Mota Pinto, Rui Rio foi muito solicitado para tirar ‘selfies’ e ouviu palavras de incentivo.
“Oh doutor! É agora! É agora, desta vez! Desta vez não falhem, antes que eles tragam a ‘troika’ outra vez! Força!”, gritava um homem, tentando chamar a atenção de Rui Rio, que depois lhe agradeceu, apertando-lhe a mão.
Mais à frente, uma mulher gritava que era preciso pôr a “escumalha toda fora”, ao que Rui Rio respondeu: “eu não sou nenhum super-homem, sou um homem normal”. Desejando-lhe boa sorte, a mulher retorquiu: “eu acredito em si”.