A trabalhar como consultora frelancer na área do urbanismo na cidade de Londres, onde vive desde 2017, Rita Carmona acaba de concluir, “com distinção”, o mestrado em Urban and Regional Planning (planeamento urbano e regional) pela University of Westminster.
Tratando-se de um curso homologado pelo Royal Town Planning Institute, esta será a primeira etapa para que a urbanista, natural de Leiria, cumpra o sonho de ser admitida como Chartered Town Planer por aquele organismo. “Significa um reconhecimento dos elevados padrões profissionais e éticos da qualificação profissional enquanto planeadora, não só no Reino Unido, mas em todo o mundo”, explica Rita Carmona, que, durante 17 anos, trabalhou na Câmara da Batalha.
A par do mestrado, agora concluído, a urbanista tem feito trabalhos de consultoria, no âmbito de “processos de recurso encetados por associações de residentes contra decisões tomadas pela Câmara Municipal (council) em relação a determinados licenciamentos” e na preparação de informação que acompanha processos de obras.
Desta sua ainda curta experiência, Rita Carmona já identificou diferenças entre Portugal e Inglaterra na forma de planear as cidades. “Em Inglaterra um projecto pode ser aprovado mesmo que esteja em desconformidade com o plano, pois este é sobretudo estratégico e menos regulamentar que o nosso. Esta condição dá um enorme poder discricionário a quem analisa e decide”, exemplifica.
Por outro lado, em Inglaterra há uma “forma mais compacta de planear as cidades, muito centrada no transporte público, em particular nas estações de comboio e na definição de cinturas verdes () que atenuaram o efeito de dispersão dos edifícios pelo território ao longo das estradas, que tanto caracteriza a paisagem portuguesa