Natural de Urqueira, Ourém, o patriarca de Lisboa e administrador Apostólico da Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança foi agraciado com a Medalha Militar da Cruz Naval de 1.ª Classe. A distinção visa reconhecer os “serviços relevantes” prestados por Rui Valério à Marinha Portuguesa durante a sua carreira como capelão e como bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança
A entrega da condecoração acontece na semana passada, com Rui Valério a receber a medalha das mãos do chefe de Estado-Maior da Armada (CEMA), o almirante Gouveia e Melo.
A condecoração “é um reconhecimento do valioso apoio espiritual, orientação e dedicação que prestou à Marinha Portuguesa ao longo dos anos”, assinala o despacho de concessão da medalha, citado numa nota publicada no site do Ordinariato Castrense, que considera a medalha “uma justa homenagem” pelo “serviço excepcional” de Rui Valério à Marinha Portuguesa.
No despacho, o CEMA assinala os anos em que bispo serviu como capelão no Hospital da Marinha, “onde sempre ofereceu apoio espiritual e conforto aos militares e civis internados”, e na Escola Naval, onde acompanhou os alunos na sua formação, “promovendo valores espirituais e éticos”.
O documento destaca ainda a participação de Rui Valério em missões a bordo dos navios da Armada, tendo efectuado “mais de mil horas de navegação, em 75 dias de missão”, nomeadamente no NRP Sagres e das corvetas NRP António Enes e NRP Baptista de Andrade, com o despacho do CEMA a considerar que nestas missões o bispo “contribuiu significativamente para a formação espiritual e moral dos jovens oficiais da Marinha”.
O almirante Gouveia e Melo assinala também a “empenhada dedicação” do prelado “no fortalecimento dos laços espirituais entre os militares e as suas famílias”, através de actividades que “congregam a comunidade militar”, como convívios, peregrinações, o envolvimento na Jornada Mundial da Juventude e o encontro internacional de jovens militares. No documento são também recordadas as visitas feitas por Rui Valério a missões internacionais, percorrendo “milhares de quilómetros”.
“A Marinha reconhece que as contribuições de D. Rui Valério foram fundamentais para o bem-estar espiritual dos militares e suas famílias, bem como para o seu prestígio e eficiência”, pode ler-se na nota de imprensa publicada no site do Ordinariato Castrense.