Os habitantes da zona do Vale Sepal, Planalto, Marinheiros e Rua Paulo VI têm sofrido cortes de água desde domingo.
“Desde o dia 3 de Janeiro que temos vindo a fazer reparações de emergência no sentido de restabelecer rapidamente o abastecimento de água na zona do Vale Sepal. Da análise técnica realizada, verificámos que é necessário efectuar a reabilitação estrutural numa parte da rede de abastecimento, que envolve a substituição de válvulas de seccionamento e a renovação parcial da conduta”, refere uma nota dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS),
Segundo os SMAS, prevê-se que esta intervenção ainda decorra durante todo o dia de hoje, com previsão de restabelecimento pelas 17 horas.
“Para atenuar o transtorno causado vamos disponibilizar, de imediato, dois pontos de água, um junto à Rua da Escola (em frente à escola dos Marinheiros) e na Rua do Vale Sepal (a 50 metros da Rua dos Costas) para suprimir necessidades básicas”, informa ainda a empresa.
Para isso, os munícipes devem deslocar-se ao local com reservatórios de água apropriados para o efeito.
“Sensibilizamos também a necessidade de verificação de torneiras abertas, de modo a evitar inundações aquando o restabelecimento da água. É previsível que, quando for retomado o abastecimento, a água apareça com uma tonalidade branca. Esta situação resulta da emulsão de ar na água e não tem qualquer interferência na sua qualidade.”
Os SMAS afirmam ter consciência dos “transtornos que a falta de água provoca”, mas garantem que estão a tentar “reparar de forma célere para garantir a implementação de uma solução robusta e duradoura”.
Na última reunião de Câmara de Leiria, questionado pela oposição do PSD sobre a interrupção no abastecimento de água nestes dias, o presidente do Município, Gonçalo Lopes, confirmou a existência de uma “ruptura grave, complexa”.
“O sistema de fornecimento e distribuição de água em algumas zonas são sistemas antigos e quando se parte provoca enormes transtornos, uma vez que tem de se trabalhar com pinças, porque ao reparar num lado pode-se partir no outro. Temos de pensar em soluções, algumas delas estruturais, que impliquem a devida modernização e a respectiva substituição”, adiantou Gonçalo Lopes.
O vereador Ricardo Santos acrescentou que a “conduta tem cerca de 40 anos”.
“Está já a ser avaliado pelos serviços remodelar toda aquela rede de abastecimento, porque após uma primeira ruptura, a infra-estrutura torna-se mais sensível a novas rupturas. Além das condutas serem muito antigas, também as válvulas acabam por se degradar e não foi possível fechar um conjunto de válvulas para confinar a apenas uma área e afectar o menor número de pessoas possivel”, informou ainda Ricardo Santos.