Se não estivesse ligado ao mundo da arte, o que seria?
Historiador ou arqueólogo.
O projecto que mais gozo lhe deu fazer
Teatro de Marionetas Itinerante na Escola Guilherme Stephens da Marinha Grande, em contexto educativo, efémero, mas que proporcionou muitos sorrisos.
O espectáculo, concerto ou exposição que mais lhe ficou na memória
Companhia de dança Ballet Gulbenkian, no Teatro José Lúcio da Silva. Já lá vão muitos anos, mas, na minha cabeça, permanecem muitos momentos. Já pintei quadros inspirados nele. Sei que já pairava no ar a notícia da sua eventual extinção, portanto, perto de 2005.
O livro da sua vida
Tertúlia de Mentirosos, de Jean-Claude Carrière. A páginas tantas, aparece um personagem, pequeno comerciante judeu, chamado Simão. O pobre semítico, desafortunadamente, não protagoniza o melhor dos contos, mas ensina-nos uma boa lição. Livro para ler várias vezes ao longo da vida. O que não faz sentido hoje, pode fazer amanhã.
Um filme inesquecível
Magnólia, de Paul Thomas Anderson, 1999. Não pela chuva de sapos, mas também poderia ser. A obra é muito mais do que isso.
Se tivesse de escolher uma banda sonora para si, qual seria?
Varia muito. Neste momento poderia ser o Prophecy Theme, de Brian Eno. Ajuda-me a viajar. Ao fundo, entre o barulho da multidão – curiosamente -, toca agora mesmo Whitney Houston e lembrei-me também de Poolz. Forgive me, anda por lá numa das playlists do Soundcloud.
Um artista que gostaria de ter visto no Teatro José Lúcio da Silva
Imaginemos que, um dia, Tom Waits e Wim Mertens se encontravam e iniciavam um projecto musical?
Uma viagem inevitável
Ainda sonho em viajar até Nova Zelândia.
Um vício que não gostava de ter
[LER_MAIS] Roer as unhas.
Um luxo
Descalçar-me sempre que posso.
Uma personalidade que admira
Gostaria de enquadrar aqui um colectivo. Claro está, a Fade In – Associação de Acção Cultural, cujo espírito, resultante da personalidade de cada um dos seus membros, tem levado Leiria além-fronteiras. Não é a primeira vez que, em Alicante, os espanhóis mencionam a nossa bela cidade… essencialmente pelos concertos.
Uma actriz que gostava de levar a jantar
Jodie Foster, especialmente para escutar os seus conhecimentos sobre literatura e trocarmos algumas impressões sobre arte.
Um restaurante da região
A primeira coisa que a minha boca pede quando regresso é o bacalhau assado d’O Jota, na Barreira.
Um prato de eleição
Em Alicante, onde vivo desde 2012, já me contentaria com um bitoque.
Um refúgio (na região)
Gosto de arrumar as ideias na Praia Velha, particularmente no Inverno. Sou capaz de me sentar e olhar o mar durante horas.
Um sonho para Leiria
Gostaria, realmente, de ver Leiria como Capital Europeia da Cultura. Pela relevância que um projecto destes traz a quem o alberga e, sobretudo, pela transformação que este, inevitavelmente, operaria na cidade, no caminho que é necessário fazer até lá.