Diplomada pela Guildhall School of Music and Drama e pelo Royal Conservatoire of Scotland, Carla Caramujo é a nova directora artística do Festival de Ópera de Óbidos.
“Uma das mais conceituadas sopranos portuguesas”, lê-se na nota de divulgação partilhada pelo município de Óbidos, Carla Caramujo “tem trabalhado com alguns dos mais consagrados maestros e encenadores do mundo da ópera” e apresenta-se regularmente “nas mais reputadas salas da Europa, América do Sul e África do Sul”.
Venceu, entre outros prémios, o “Concurso Nacional de Canto Luísa Todi (Portugal), o Musikförderpreis der Hans-Sachs-Loge (Alemanha) e o Dewar Award (Reino Unido)”.
Para o presidente do município de Óbidos, Filipe Daniel, a escolha de Carla Caramujo reflecte “um reforço na aposta estratégica” que a autarquia tem vindo a fazer no evento nos últimos anos.
Segundo José Rafael Rodrigues, vice-presidente da Associação Banda de Alcobaça e coordenador do Festival de Ópera de Óbidos, com a nova directora artística abre-se um ciclo em que “se pretende consolidar uma posição de referência a nível nacional, sem descurar a afirmação do festival no panorama internacional”.
Já Carla Caramujo entende que “o Festival de Ópera de Óbidos tem um potencial de grande beleza pelo seu enquadramento na vila histórica de Óbidos”, no entanto, “esse mesmo enquadramento representa um grande desafio”.
“Trabalharei no sentido de construir um festival com linhas programáticas de grande qualidade, pensadas muito especificamente para os espaços de Óbidos e sua comunidade, mas sempre com um olhar internacional, com o objetivo maior de colocar o Festival de Ópera de Óbidos lado a lado com os seus congéneres europeus. É um objectivo ambicioso mas não é de todo impossível”, refere.
A edição de 2025 do Festival de Ópera de Óbidos – que resulta de uma parceria entre o município e a Associação Banda de Alcobaça – regressa em Setembro e vai celebrar várias efemérides, entre as quais se incluem a comemoração dos 150 anos do nascimento de Maurice Ravel (1875-1937), dos 150 anos do falecimento de Georges Bizet (1838-1875) e dos 500 anos do falecimento de Vasco da Gama (1469-1524).