Na sequência de diversas queixas apresentadas na PSP por alegados maus-tratos sobre animais, uma mulher da Marinha Grande foi constituída arguida e submetida a termo de identidade e residência.
A informação é confirmada pelo comandante distrital da PSP de Leiria, Paulo Quinteiro, que adianta que o processo está em fase de inquérito na secção da Marinha Grande do Departamento de Investigação e Acção Penal de Leiria.
As queixas contra A. A., foram apresentadas após a arguida ter adoptado centenas de cães e gatos, nos últimos anos, em associações de defesa dos animais, através das redes sociais e do OLX, que nunca mais eram vistos.
Pelo que conseguimos apurar, A. A. terá confessado que matava os animais e que um dos métodos que utilizava era sentar-se em cima deles, para os asfixiar. Não terão, contudo, reunido provas que comprovassem que o marido era cúmplice.
“Espero que se faça justiça e que A. A. seja presa”, observa Catarina Contente, presidente da Associação Protectora de Animais da Marinha Grande (APAMG), que apresentou queixa contra o casal à PSP, em Julho, e foi chamada a prestar declarações no âmbito deste processo, após a publicação da notícia no JORNAL DE LEIRIA, a 8 de Agosto deste ano.
Contudo, Catarina Contente entende que as autoridades deviam ser mais céleres na resolução destes casos. “Dada a gravidade da situação, tinham de actuar logo no dia a seguir a termos feito a denúncia”, argumenta.
Manifesta ainda apreensão por suspeitar que a arguida continua a adoptar animais, através de perfis falsos, nas redes sociais. “Sabemos que um casal de idosos [LER_MAIS] foi levar-lhes um animal, já depois da notícia ter saído, porque ela foi vista a recebê-lo.”
Na exposição que fez à PSP, a APAMG denunciou que o casal da Marinha Grande terá adoptado mais de 50 animais, só no primeiro trimestre de 2019, mas não era visto a passear com nenhum na rua.
As suspeitas de que eram vítimas de maus-tratos também levou uma veterinária a apresentar uma queixa na PSP, no Verão de 2018.