Depois do fim, o princípio. No Teatro à Solta, o ponto final é também um recomeço: o grupo acaba, mas Susana Rodrigues (dramaturga e produtora), Maria Botas Carvalho (actriz e formadora) e Cristóvão Carvalheiro (actor e director artístico) estão já a preparar um novo projecto que visa retomar o percurso e garantir a continuidade das visitas encenadas ao Museu do Vidro e ao Museu Joaquim Correia, entre outras actividades.
“O caminho que iniciámos vai recomeçar com outro nome”, confirma Cristóvão Carvalheiro. “Vamos continuar na Marinha Grande”.
Com a saída dos actores Marco Paiva, Jaqueline Figueiredo e Tânia Catarino, a equipa será reestruturada. “Não faz sentido parar”, assinala Susana Rodrigues, para quem o trabalho desenvolvido pelo Teatro à Solta “é importante” e “dignifica a região”. Se o Município “tiver interesse”, a colaboração entre as várias entidades pode manter-se. “Acho que conseguimos chegar a um número de espectadores muito bom”.
Numa nota publicada nas redes sociais, o Teatro à Solta, que foi fundado durante a pandemia de Covid-19, em 2020, “como companhia de teatro profissional” dedicada “à criação para o público infanto-juvenil”, apresenta o balanço de três anos: oito espectáculos e três visitas encenadas que originaram dezenas de apresentações e alcançaram 21 mil pessoas.
“Com o passar do tempo, os integrantes da equipa têm vindo a levantar desejos estéticos e territoriais dissonantes. Tendo em conta que o grupo reside em concelhos distantes, chegou-se à conclusão que seria inviável levar adiante um projecto que tem como exigência o trabalho com o território. Enquanto parte da equipa tem demonstrado a importância de se alcançar novos espaços – principalmente no que concerne ao concelho onde vivem –, os demais desejam permanecer na potencialização do concelho que é a sua sede”, pode ler-se no texto partilhado na internet.