Se chegou ao fim de 2021 com algum dinheiro extra, saiba que existem várias oportunidades de investimento para o ano que agora tem início, ajustadas ao seu perfil e ao seu grau de poupança. De acordo com os especialistas ouvidos pelo JORNAL DE LEIRIA, investir em imobiliário e em determinadas obras de arte estão entre essas oportunidades, caso prefira apostas seguras e que garantam, mesmo assim, rentabilidade.
O economista Eduardo Louro começa por realçar que existem vários tipos de produtos disponíveis, que se adaptam aos diferentes perfis dos investidores. Assim, para aqueles que são mais avessos ao risco, “mais moderados ou mais conservadores”, o imobiliário e as peças de arte vão continuar a ser boas apostas, mesmo que o preço dos imóveis “já se encontre inflacionado”.
Já para os mais destemidos, existem vários fundos de investimento no mercado. E, também nestes casos, há fundos adequados aos vários perfis do investidor, sendo que alguns destes produtos até garantem “algum equilíbrio entre risco e rentabilidade, proporcionando algum conforto na hora da escolha”.
Quanto aos certificados de aforro têm taxas de rentabilidade reduzidas, assim como os depósitos a prazo, entende o economista.
Menos ajustada aos investidores inexperientes é a compra de acções de empresas. Eduardo Louro nota que esta opção envolve habitualmente [LER_MAIS]montantes avultados e carece de muito conhecimento sobre a estrutura da organização e sobre a sua política de distribuição de dividendos.
Para apostas desta natureza, observa o especialista, que envolvem mais risco, mas que podem ser muito rentáveis, é preciso que o investidor esteja “muito bem assessorado”.
Quanto ao ouro, acrescenta, “é um investimento seguro, que funciona como refúgio em contextos de instabilidade financeira da moeda. Mas como nem o euro nem o dólar se encontram nessa situação, não prevejo que seja um investimento altamente rentável”, expõe o especialista.
Eduardo Nogueira, outro economista da região de Leiria, começa por frisar que os investimentos devem ser repartidos por diferentes tipos de produto, para não se arriscar uma grande perda com um só artigo que, com o passar do tempo, se mostrou pouco proveitoso ou prejudicial.
Para perfis mais conservadores, o economista sugere certificados de aforro, que lhe parecem, mesmo assim, mais rentáveis do que os depósitos a prazo. Devido à subida da inflação que se tem feito sentir, o economista acredita que são esperados aumentos das taxas de juros associados aos certificados.
Para investidores mais conservadores, Eduardo Nogueira também recomenda a aposta no mercado imobiliário, desde que previamente bem ponderadas algumas condições (ver caixa).
Para quem é pouco ousado e também é menos conhecedor, “também não recomendo o mercado das acções, já que é preciso muito conhecimento e porque se trata de um campo muito volátil”.
“Recomendo em absoluto o investimento em obras de arte, porque é rentável e seguro”, salienta Luísa Vaz, da Galeria Quattro, de Leiria. Para saber da qualidade do artista e da sua cotação no mercado, “é fundamental que o investidor seja bem aconselhado por um curador consciente”, defende Luísa Vaz.
“É indiferente se o autor da peça é contemporâneo ou não, desde que seja bom”, realça a responsável pela galeria. Para quem se estreia agora na colecção de obras de arte, Luísa Vaz recomenda peças de artistas emergentes e com boas críticas dos curadores, investimentos a partir de 500 euros.