As vendas do terço comemorativo do Centenário das Aparições de Fátima já permitiram angariar quase 624 mil euros para o Centro de Reabilitação e Reintegração de Fátima (CRIF). A maior fatia do apoio destina-se à construção do lar residencial da instituição que irá, “finalmente”, arrancar “até ao Verão”.
Segundo o padre António Pereira, presidente da Direcção do CRIF, ainda este mês será lançado o concurso da obra, estimada em 1,5 milhões de euros. “Esperamos que, até ao Verão, todos os procedimentos estejam concluídos, para que possa iniciar a obra, uma ambição com 30 anos”, adianta o dirigente, que sublinha tratar-de se uma “necessidade”, que dará resposta aos utentes da instituição, que, entretanto, envelhecerem.
“Há vários colocados em lares fora de Fátima, que tiveram de sair do contexto e do ambiente onde viveram grande parte da vida”, lamenta António Pereira. Com capacidade para 22 utentes, o lar residencial será construído junto às actuais instalações do CRIF, o que permitirá “aproveitar” as infra-estruturas existentes, como refeitório, ginásio, piscina e lavandaria, “aliviando” o investimento a fazer.
Mesmo assim, a obra, estimada em sede de candidatura ao PARES 3ª Geração, em um milhão de euros, deverá aproximar-se de 1,5 milhões. Contará com um apoio desse programa a rondar 725 mil euros e com as verbas angariadas com a componente solidária do projecto do terço do Centenário.
Segundo informação da Aciso – Associação Empresarial Ourém-Fátima, promotora da iniciativa, dos 623.636 euros angariados, já foram entregues ao CRIF 208.030 euros para projectos e para apoio à construção da lavandaria social. “Estão 415.605,13 euros disponíveis para serem entregues na restante construção do Lar Residencial, contra a apresentação dos autos de medição de realização da obra”, informa a associação.
Vendas atingiram 7,5 milhões
O terço comemorativo do Centenário das Aparições de Fátima nasceu de uma parceria entre a Associação Empresarial Ourém-Fátima (Aciso), o Santuário de Fátima e a Imprensa Nacional – Casa da Moeda e envolveu cinco fábricas locais, responsáveis pela produção. O terço está no mercado desde Junho de 2016 e, até à data, foram vendidas 623.636 unidades, a 12 euros cada, o que dá uma receita a rondar 7,5 milhões de euros.