A celebrar 20 anos de actividade, a UEpro, fornecedora de moldes de injecção, quer reforçar a sua aposta no sector da aeronáutica e transferir a sua unidade da Martingança (Alcobaça) para o concelho da Marinha Grande. O projecto custa cerca de 1,1 milhões de euros e deverá estar concluído até ao final de 2018.
De acordo Idálio Silva, CEO da empresa, a UEpro tem vindo desde há alguns anos a trabalhar com peças de injecção em polyether ether ketone (PEEK) aplicadas ao sector aeronáutico. No entanto, esta empresa de cariz comercial, que opera com base na subcontratação de serviços de fabrico e de injecção de moldes, quer agora criar o seu próprio centro de testes e de produção de peças com recurso à injecção em PEEK e noutros materiais
O objectivo é reforçar a sua actividade no campo da aeronáutica, que nos últimos seis anos representou, em média, cerca de 25% do seu trabalho, especifica o CEO.
[LER_MAIS] Além de fornecedor indirecto da Bombardier, com quem já coopera, a empresa da Martingança pretende estender a sua actuação, também por via indirecta, a outros grandes nomes da aeronáutica, como a Airbus e a Boeing, adianta o empresário.
A criação do centro de testes deverá acontecer na Marinha Grande, para onde Idálio Silva pretende transferir a unidade agora localizada na Martingança. Com esta mudança, a empresa que dá emprego a dez colaboradores terá de aumentar a equipa em pelo menos mais quatro pessoas da área da injecção, expõe o empresário.
Fundada em 1997, a UEpro é uma empresa de cariz comercial que divide a sua actividade pelas áreas da indústria médica, aeronáutica e embalagem.
Terminou o ano passado com um volume de negócios na ordem dos 2,5 milhões de euros e tem na Finlândia, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Holanda e Estados Unidos os seus principais mercados.