Investigadores do MARE- Centro de Ciências do Mar e Ambiente, do Instituto Politécnico de Leiria (IP Leiria), integram um consórcio nacional que viu aprovado um projecto, financiado em 2,5 milhões de euros, na área do cancro.
Em causa está a criação de uma plataforma para a descoberta e desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e soluções dirigidas a doentes oncológicos.
Marco Lemos, coordenador do MARE-IP Leiria, explica que o envolvimento da instituição no consórcio – liderado pelo Instituto de Investigação do Medicamento (iMed.Ulisboa) – surge na sequência do trabalho que o Politécnico tem vindo a desenvolver na área da biotecnologia marinha, com envolvimento em diversos projectos europeus e nacionais.
Essa experiência, diz, permite à unidade de investigação ter “uma vasta equipa a trabalhar nabioprospecção marinha”, nomeadamente, “na utilização de organismos como algas e bactérias como fontes de moléculas com bioactividade de interesse para a sociedade, como compostos antioxidantes, antifúngicos e antibacterianos”, mas também de outros com “elevada aplicação na indústria biomédica e farmacêutica, como são os compostos com actividade antitumoral, que podem levar ao desenvolvimento de novos fármacos contra o cancro”.
A convicção de Marco Lemos é que a utilização de compostos com origem no mar, “alguns já disponíveis no Politécnico de Leiria e outros em processo de descoberta, em colaboração com uma equipa multidisciplinar dos melhores centros do País”, poderá “alavancar o desenvolvimento de novos fármacos de precisão, para uma doença que é uma das principais causas de morte no mundo”.
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