As máscaras não cirúrgicas podem ser utilizadas pela população em espaços fechados e com elevado número de pessoas, como supermercados, farmácias e transportes públicos, disse hoje a ministra da Saúde.
“De acordo com o princípio básico da precaução em saúde pública e face às ausências de efeitos adversos associados ao uso de máscara, pode ser considerada a sua utilização por qualquer pessoa em espaços interiores fechados e com um elevado número de pessoas”, afirmou Marta Temido, citada pela Lusa.
Na conferência de imprensa diária realizada na Direcção-Geral da Saúde (DGS), a ministra ressalvou que o uso de máscaras na comunidade constitui “uma medida adicional e suplementar” às já existentes, como o distanciamento social e lavagem das mãos.
Segundo a governante, a norma sobre a utilização de máscaras não cirúrgicas, também conhecidas por “máscaras sociais ou comunitárias”, vai ser hoje publicada pela DGS e cumpre as regras europeias.
Marta Temido salientou que a questão das máscaras está “completamente alinhada” com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, que no dia 8 deste mês apresentou um conjunto de argumentos sobre o uso deste equipamento.
A ministra disse ainda que as máscaras sociais, que podem ser feitas de algodão ou de outro tecido têxtil, vão ser generalizadas à população quando o país regressar à normalidade.
“Num contexto que não é aquele em que nos situamos hoje, porque estamos no estado de emergência, que apela ao confinamento e à restrição das actividades essenciais, mas em que as pessoas se possam situar em espaços fechados, poderá ser considerada a utilização da dita máscara social”.
A ministra disse ainda que, durante a tarde de hoje, vão ficar concluídas as normas técnicas para a utilização das máscaras sociais e voltou a frisar que as máscaras cirúrgicas devem ser usadas por pessoas com sintomas de Covid-19 e pelos mais vulneráveis, bem como profissionais de grupos mais expostos como bombeiros, polícias e trabalhadores de agências funerárias e lojas.