Há recordes e recordes. Nos últimos tempos, Leiria parece ter mergulhado numa espécie de caça ao recorde no que à participação em eventos diz respeito, mas o recorde que destacamos na edição desta semana refere-se ao número de inscrições de atletas nas actividades desportivas federadas, o que demonstra que o desporto está a viver um momento de ouro no distrito. E isso sim é uma excelente notícia e um notável recorde. É a prova de que, cada vez mais, a prática de actividade física é encarada pela população como fundamental para o garante do bem-estar físico e mental.
A diversidade de modalidades disponíveis ajudará, por certo, a justificar o aumento significativo do número de atletas nestes últimos anos. Mas o dinamismo demonstrado pelas várias associações desportivas, em paralelo com as políticas de incentivo ao desporto e à actividade física e o reforço das infra-estruturas disponibilizadas, terão tido também um papel preponderante na conquista destes resultados.
É verdade que Leiria deve ser uma das únicas cidades capitais de distrito do País que continua sem ter um pavilhão gimnodesportivo moderno e apto para acolher provas de índole nacional e internacional. Mas a nível concelhio, e até mesmo distrital, têm-se registado progressos na construção de recintos desportivos, com capacidade e qualidade para a prática dos vários tipos de actividade física ou desportiva, desde o futebol ao basquetebol, passando pelo atletismo, pelo andebol, desporto adaptado ou a simples caminhada de final de dia.
Avanços que, na opinião dos dirigentes associativos, ainda não são suficientes. Manuel Nunes, da Associação de Futebol de Leiria, por exemplo, reclama mais campos de relva sintética. E Patrícia Dinis, da Associação de Andebol, admite que o esforço dos vários municípios para reabilitar e ampliar espaços desportivos não é suficiente para dar resposta ao aumento da procura.
Ou seja, parece haver um novo recorde para bater.