Na sexta-feira passada e sábado, foi dado mais um passo para se conhecer a biodiversidade das três lagoas da Mata do Urso, na freguesia do Carriço, no concelho de Pombal.
No âmbito do Dia Internacional das Zonas Húmidas, o Grupo de Cidadãos para a Promoção e Protecção da Mata da Urso (GCPPMU), de Pombal, programou um censo às espécies vegetais e animais daqueles espaços naturais, que contou com a participação de voluntários e de cerca de uma centena de alunos do Agrupamento de Escolas da Guia.
No primeiro dia, a prioridade foi o combate às espécies exóticas invasoras, e, no segundo, a tónica foi para a aprendizagem, prospecção e mapeamento de espécies raras e em regressão das suas populações ibéricas.
A título de curiosidade, os voluntários descobriram exemplares de Morella faya – faia-da-terra, faia-das-ilhas ou samouco -, nativa da região biogeográfica da Macaronésia (Açores, Madeira e Canárias), onde é parte importante das formações da laurissilva e dos urzais canários.
A iniciativa nas zonas húmidas da Mata do Urso esteve integrada num programa de residências científicas sob a coordenação científica da bióloga Ana Marta Costa e do ecólogo Jael Palhas e idealizadas pelo arquitecto paisagista Ricardo Camacho e pelo GCPPMU.