Desde 2015 que a Polícia Judiciária está a investigar a presumível prática de “crimes de branqueamento, fraude fiscal, falsificação de documentos e associação criminosa por parte de cidadãos nacionais e estrangeiros, correlacionados com a actividade desportiva”.
Em comunicado, a PJ informa que o Departamento de Investigação Criminal de Leiria, no âmbito de inquérito titulado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) desencadeou a operação Matrioskas.
“As diligências, materializadas nas regiões de Leiria, Lisboa e Braga, mediante execução de 22 buscas domiciliárias e não domiciliárias, permitiram apreender material com relevante interesse probatório e subsequente constituição de pessoas individuais e colectivas como arguidas”, refere o comunicado.
Fonte policial confirmou à Lusa que os alvos das buscas da PJ foram as SAD do Benfica, Sporting e Sporting de Braga, numa investigação ligada a negócios realizados por estas com a SAD da União de Leiria.
De acordo com fonte da PJ, as três SAD onde esta manhã foram realizadas buscas "não são alvo de investigação", uma vez que esta está centrada na SAD da União de Leiria devido às negociações realizadas com aqueles três clubes.
Segundo a mesma fonte policial, existem suspeitas de lavagem de dinheiro proveniente de crime organizado da Rússia, com passagem por um país do Báltico, que depois seria investido na SAD da União de Leiria.
A edição online do Correio da Manhã refere que a investigação nasceu em Leiria, sendo o alvo de todas as suspeitas o maior accionista da SAD, a empresa DS Investment LLP, do grupo russo D-Sports, que detém a maioria do capital.
Ainda de acordo com o Correio da Manhã, a PJ acredita que os empresários que detêm a SAD da União de Leiria lavam milhões de euros em Portugal com proveniência no crime organizado, sob a fachada dos negócios do futebol.