A SPAL propõe-se pagar a totalidade da dívida a todos os credores, mas pede 150 meses (12,5 anos) para o fazer. O plano de recuperação já foi entregue em tribunal e espera-se que no final da próxima semana se inicie o prazo para a votação dos credores.
As dívidas da empresa ascendem a 25,6 milhões de euros. A maior fatia da dívida pertence ao Novo Banco, que tem a haver mais de 7,3 milhões de euros.
Bruno Costa Pereira, administrador judicial provisório da empresa de porcelanas de Valado dos Frades, no concelho da Nazaré, explicou ao JORNAL DE LEIRIA que a versão do plano enviada ao tribunal é a que, no entender da administração, “salvaguarda o interesse dos credores”, por um lado, e garante a “capacidade de a empresa lhe dar cumprimento”, por outro.
Tanto este responsável como a administração estão na expectativa de que o documento seja aprovado.
A SPAL recorreu a tribunal para um Processo Especial de Revitalização em Setembro, para fazer face à crise empresarial que atravessa, agravada com a queda abrupta e significativa da economia mundial, causada pela pandemia Covid-19, que veio “desvalorizar os negócios e rodear a empresa de grandes incertezas”.
De então para cá, tem vindo a implementar um processo de reestruturação, no contexto do qual já saíram 140 pessoas. Conta agora com 263, às quais os salários estão a ser pagos atempadamente, garante Bruno Costa Pereira.
Tem vindo igualmente a reorientar a produção para segmentos de mercado de maior valor acrescentado.
Devido aos efeitos da pandemia, a facturação da empresa, que já tinha caído de 13,1 milhões de euros em 2018 para 10,1 milhões de euros em 2019, não foi além dos 7,5 milhões no ano passado.