A dermopigmentação paramédica é uma aliada da medicina estética para devolver a auto-estima a vítimas de doenças oncológicas, acidentes traumáticos ou outro tipo de problemas de saúde que deixam marcas visíveis nos doentes.
Em apenas uma sessão, este processo de tatuagem médica devolve a auto-estima, na maioria dos casos, muito baixa depois do sofrimento passado por enfrentar o cancro.
Alguns dos casos que chegam às mãos de Carina Pereira, terapeuta em dermopigmentação e proprietária da Clínica Viva, em Leiria, são mulheres que sofreram mastectomias, após cancro da mama. “A dermopigmentação paramédica trabalha os casos oncológicos, pós traumáticos.
É possível, por exemplo, criar a auréola mamária e o mamilo através da técnica de introdução de pigmento na pele, a chamada tatuagem médica. Depois de uma mastectomia há reconstrução da mama, mas nem sempre é possível fazer a reconstrução do mamilo, pois o corpo rejeita, por vezes, o enxerto”, explica Carina Pereira.
Esta técnica não é definitiva, mas não desaparece na totalidade. “Só é preciso fazer retoques de dois em dois anos.”
Os efeitos da quimioterapia, com a queda de cabelo, de sobrancelhas e pestanas, também podem ser aligeirados recorrendo a esta técnica. “Podemos fazer a recuperação fio a fio de uma sobrancelha ou o efeito eyeliner antes ou após a queda da pestana.”
“É o poder da transformação. Este é um tratamento que [LER_MAIS] tem um preço, como todos, mas o seu valor é imensurável. O melhor retorno é a devolução da auto-estima a uma mulher (ou homem) quando se olha ao espelho depois de terminarmos o procedimento”, constata Carina Pereira.
A especialista nesta técnica acrescenta que a dermopigmentação paramédica pode também ajudar a corrigir as cicatrizes de queimaduras ou de acidentes traumáticos, a alopécia ou o vitiligo.
Admitindo que a dermopigmentação estética é bem conhecida do público, Carina Pereira lamenta que seja praticamente desconhecida a sua aplicação médica. “Felizmente, há médicos cirurgiões que já aconselham.
No meu caso, tenho parcerias com clínicos que encaminham as pessoas para a clínica e informamnas sobre esta técnica. Não se trata de uma questão puramente estética. É devolver a auto-estima a alguém que passou por um grande trauma. E, até para mim, a satisfação é enorme quando vejo os resultados.”