A ama suspeita de maus-tratos a uma criança na Marinha Grande e cujo vídeo circula na Internet foi hoje detida, disse à agência Lusa fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Segundo a mesma fonte, a mulher, de 62 anos, foi detida fora de flagrante delito para ser presente a primeiro interrogatório judicial.
Na segunda-feira, o Correio da Manhã, que publica o vídeo com imagem distorcida, noticiou que uma ama foi “filmada a dar banho de água fria e a agredir uma criança na Marinha Grande”.
No mesmo dia, a PSP informou que estava a investigar.
Hoje, a Procuradoria-geral da República (PGR) informou que, “na sequência de participação apresentada por uma cidadã, confirma-se a instauração de inquérito relacionado com os factos mencionados, o qual se encontra em investigação”.
O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social revelou, entretanto, que a ama não tem actividade licenciada e que foram encontrados na casa cinco menores.
“Trata-se de uma actividade não licenciada que será alvo de fiscalização por parte do Instituto da Segurança Social, com base nas suas competências nesta matéria”, explicou a tutela numa resposta a um pedido de informação da Lusa.
O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social adiantou que “o Centro Distrital da Segurança Social de Leiria, ao tomar conhecimento da situação, deslocou uma equipa ao local”, e esclareceu que esta equipa “esteve presente juntamente com as autoridades”.
Ainda de acordo com esta fonte, “foram encontradas cinco crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 24 meses”, tendo os progenitores sido “chamados ao local para irem buscar os seus filhos e prestar declarações na PSP”.
Os serviços da Segurança Social iriam avaliar hoje com os progenitores as necessidades das crianças.
A presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Marinha Grande, Ana Alves, também vereadora na Câmara, referiu que “o licenciamento de respostas sociais é competência do Instituto da Segurança Social”.
Através do gabinete de imprensa do município, Ana Alves acrescentou que, “das crianças identificadas, há três com processos de promoção e protecção activos, instaurados judicialmente, com acompanhamento do tribunal”, sendo que, “nada mais tem a declarar”, dada a “natureza reservada da situação”.