Presidente da Junta de Freguesia do Vimeiro e da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça, Pedro Pombo candidatou-se à Direcção do Centro de Educação Especial, Reabilitação e Integração de Alcobaça (CEERIA), cujas eleições irão decorrer dia 27 de Dezembro. Ao nosso jornal, o candidato explica que a sua candidatura foi motivada por apelos de alguns pais e sócios, que querem “mudar a imagem do CEERIA, onde há ameaças a funcionários”.
O objectivo é “unir todos a uma só voz”, salienta Pedro Pombo. “Tem sido sempre assim, nos bombeiros, na junta. Gerir olhando para o futuro, unir e não atacar as pessoas”, nota o candidato.
Já esta segunda-feira, alguns funcionários do CEERIA encetaram uma greve de dois dias. Nos panfletos distribuídos no centro da cidade, os trabalhadores afirmavam: “não queremos Pedro Pombo e os políticos na Direcção do CEERIA”.
Entre os grevistas estava Vitor Nunes, psicólogo e funcionário[LER_MAIS] nesta instituição há 5 anos e meio. “Não queremos a politização do CEERIA e queremos um projecto de continuidade. Como trabalhador da área social, tenho a convicção de que o modelo implementado é de progresso. Nota-se uma intervenção mais profissionalizada e menos assistencialista, como antes acontecia”, considerava Vítor Nunes, que dizia desconhecer “problemas entre recursos humanos”.
Responsável pelo aprovisionamento, Cristina Terêncio, funcionária do CEERIA há 34 anos, dizia ao nosso jornal: “nenhuma Direcção com políticos corre bem. Defendemos que José Godinho se mantenha. Só quando entrou se descobriram desvios [de dinheiro] e maus-tratos aos utentes, que eram ocultados”, justificava.
Ao nosso jornal, José Godinho, actual presidente de Direcção do CEERIA, salientava que 100 colaboradores e 90 famílias fizeram um manifesto onde se opõem à politização do serviço, rejeitando a candidatura de Pedro Pombo e apoiando a sua recandidatura à presidência.
“Se ele desistir da candidatura eu avanço. Não quero entrar em jogos políticos dentro de uma IPSS”, salientava José Godinho, sem deixar de tecer críticas. Lamentava que Pedro Pombo e sua lista não se interessassem em demitir dois sócios “por facturas fraudulentas e ilícitas” – situação que José Godinho reportou ao Ministério Público e às Finanças – e sublinhava a boa gestão financeira que a actual Direcção tem realizado no CEERIA, que “tornou a instituição apetecível”.