“Tozé, o dinheiro do café fica em cima da mesa. Olha, deixa-me que te diga que o teu filho é lindo e aquele golo que marcou ao Porto foi maravilhoso!” Uma senhora na casa dos setenta e muitos, apoiada na sua bengala, avança rumo à saída do Quase Bar, estabelecimento comercial propriedade de António José Carvalho, um antigo futebolista profissional do Leça, do Feirense e sobetudo da Académica, clube pelo qual disputou escaldantes duelos com a União de Leiria.
No meio da bola ficou conhecido por Tozé, mas na esquecida Castanheira de Pera, onde nasceu há 49 anos, todos o tratam por Ferro-velho, uma alcunha que vem do tempo em que os pais tinham um café-restaurante na localidade perdida no interior do distrito de Leiria.
Por estes dias, o Quase Bar de Ferro-velho é ponto de romaria obrigatória para aquelas gentes. É que o herói daquela terra – que garantem ser mais benfiquista do que outra coisa qualquer – é o filho de Tozé.
A história de Jotó, como chamam ao rapaz, está escarrapachada nos jornais desportivos que pousam em cima do balcão e são folheados pelo amigos e clientes da casa. O orgulho é evidente.
Os comentários positivos fazem-se ouvir, enquanto a Benfica TV passa, omnipresente, no ecrã gigante. “Ah, grande Jotó. Tem uns pés de ouro, o rapaz. E cresceu aqui, na vila!”
Vamos a apresentações. Jotó, João Carvalho de seu nome oficial e profissional, é um futebolista com contrato com o Benfica até 2021. Aos 20 anos, é uma das grandes esperanças do clube encarnado.
Começou a temporada na equipa B, estava a ser o melhor do plantel, e em Janeiro foi emprestado ao Vitória de Setúbal para poder jogar num espaço competitivo mais exigente. Nas selecções jovens conta com 48 internacionalizações e seis golos marcados.
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