Chama-se La Concha e vem em três sabores.
A mais recente cerveja artesanal de Leiria chegou ao mercado pela mão do chileno radicado na cidade Diego Pizarro Vidal e conta com uma versão Session IPA ligeira com 4,5 graus, que apresenta um amargor baixo, ideal para acompanhar um petisco, segue-se uma American Amber Ale, cerveja ruiva, mais encorpada, com toques de caramelo e 6 graus de álcool.
“Essa é um pouco mais forte”, diz o mestre cervejeiro, adiantando que a última, uma West Coast, é uma IPA americana clássica, mais amarga, com mais álcool, mais lúpulo e também com 6 graus.
As garrafas são de 33 e de 76 centilitros.
A aposta é na restauração, mas também no consumidor ocasional, que aprecia os gradientes do paladar da cerveja artesanal.
Diego, 32 anos, psicólogo de formação e de profissão, começou a aventura no mundo da fermentação de cervejas artesanais com a criação da marca no Chile, de onde é originário.
Baptizou-a com o nome da sua avó favorita, Conceição ou “Concha”.
[LER_MAIS]“Fui psicólogo numa escola durante cinco anos, até que a pandemia da Covid-19 começou. No confinamento, comecei a pesquisar. Já tinha uns amigos que faziam cerveja artesanal e a quem eu a comprava. Convidaram-me para fazer cerveja e fiz a minha primeira cerveja”, recorda.
Em 2020, ainda durante a pandemia começou logo a comercializar cerveja artesanal e a carreira como psicólogo ficou em segundo plano.
“Até que deixei a profissão para produzir cerveja, no Chile. Eu vivia em Las Cruces, que é uma praia e comecei a ter algum sucesso.”
A mudança e fixação em Leiria não estavam nos planos de Diego e tudo começou com uma viagem de férias a Barcelona.
“Conheci a minha esposa, que é de Leiria e acabei por vir para cá em 2023. No futuro, não se vê a regressar às consultas, a não ser que seja como “psicólogo da cerveja”, brinca.
Com uma capacidade de produção que, para já, ronda os 100 litros por lote (400 litros por mês), o investimento será todo na divulgação da marca e na busca de novos postos de venda.
“Depois, gostaria de participar em feiras, festivais medievais ou no festival A Porta, em Leiria.”
Neste momento, trabalha em conjunto com o sócio Nuno Pereira, que é produtor de mel e também produz cerveja onde emprega esse maná produzido pela abelha.
“Ele também tem três cervejas, uma com mel, outra com pólen e uma com propólis”, explica.