A inclusão de monumentos e tradições na lista de Património Cultural Material ou Imaterial da Unesco tem-se revelado de extrema importância para a preservação, valorização e promoção das nossas heranças culturais. No distrito de Leiria, há vários exemplos de património edificado e de práticas culturais já reconhecidas internacionalmente, mas existem mais com excelentes condições para alcançar maior visibilidade e prestígio mundiais, como vos damos conta no trabalho de abertura deste jornal.
Recuando no tempo, a primeira entrada na lista do Património Mundial da Unesco, na nossa região, aconteceu em 1983, com o reconhecimento do Mosteiro da Batalha. Seguiu-se o Mosteiro de Alcobaça, em 1989. Na área da Ciência, as Berlengas, no concelho de Peniche, foram inscritas como Reserva da Biosfera Unesco, em 2011.
Mais tarde, entre 2019 e 2020, Alcobaça e Batalha entraram na Rede das Cidades de Aprendizagem, depois de assumirem o compromisso com a promoção de educação de qualidade, diálogo intercultural e desenvolvimento sustentável. Com o mesmo objectivo, cinco agrupamentos e uma escola profissional do distrito, aderiram à Rede de Escolas Associadas da Unesco.
Também em 2019, Leiria foi reconhecida como Cidade Criativa da Música, no âmbito da Rede de Cidades Criativas, que integra também Óbidos, enquanto Cidade Criativa da Literatura, e Caldas da Rainha, na qualidade de Cidade Criativa do Artesananto e das Artes Populares, um estímulo, em qualquer dos casos, para o reforço da identidade cultural das cidades.
Já este ano, foi o Geoparque do Oeste a conquistar o estatuto de Geoparque Mundial da Unesco, uma distinção atribuída apenas aos espaços naturais de importância geológica internacional comprometidos com a utilização sustentável dos recursos e a protecção do património natural e cultural.
Sabe-se que este tipo de candidaturas envolve muita investigação, esforço e dedicação, mas está provado que o resultado compensa. Para o País, para a região e para as comunidades locais.