Protestaram em Lisboa e no Porto a favor dos produtos nacionais, enquanto o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, se reunia com congéneres europeus.
Mas da Comissão Europeia os agricultores portugueses receberam uma notícia que em nada lhes agradou.
Se quiserem equilibrar o mercado, diz Bruxelas, o melhor remédio é reduzir a produção de leite e de carne de porco.
Na região de Leiria, há quem diga que Bruxelas vem “aniquilar” a produção nacional destes sectores.
Esta semana, enquanto em Portugal decorriam manifestações dos agricultores, que alertavam para as “dificuldades” dos sectores da carne e do leite, o ministro da Agricultura participou, em Bruxelas, numa reunião de ministros da Agricultura da União Europeia. Nesse encontro, Capoulas Santos apresentou um medidas, entre as quais uma tentativa de normalização “das relações com a Rússia” e a abertura “de novos mercados” para onde possam ser canalizados os excedentes europeus.
O ministro falou ainda da possibilidade de os apoios poderem ser financiados pelo orçamento comunitário.
No entanto, a resposta da Comissão Europeia foi no sentido de autorizar medidas para reduzir a produção de leite e de carne de porco.
Reduzir a produção não era a resposta esperada pelos agricultores.
“Estamos obrigados a abater animais, o que nos vai impedir de cumprir as prestações e o que tínhamos programado”, disse o presidente da Associação dos Produtores de Leite de Portugal ao i.
Criar mais condições de “escoamento, criar melhores preços à produção, dos produtos agroalimentares nacionais, promover um controlo severo das importações” e fazer com que as grandes superfícies “tenham em conta a produção nacional”, eram as suas pretensões. …
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