Poderá pertencer aos 17,3% de trabalhadores portugueses que, de acordo com o inquérito divulgado pelo Público, acumulam sintomas de burnout esgotamento). De acordo com o jornal, em 2014, o coordenador do Barómetro de Riscos Psicossociais levou o seu primeiro Relatório de Avaliação de Perfil de Risco Psicossocial – A gestão de Pessoas e Organizações Saudáveis a várias comissões parlamentares, para explicar aos deputados que se estava a observar uma degradação “assustadora” dos indicadores de bem-estar no mundo laboral.
O estudo baseava-se em inquéritos a 38.719 trabalhadores portugueses, feitos entre 2008 e 2013, e mostrava, por exemplo, que a percentagem dos que se encontravam num estado de burnout/esgotamento passara de 9%, em 2008, para 15%, em 2013.
Agora, um novo inquérito realizado entre cinco mil trabalhadores portugueses conclui que esta taxa superou os 17%, quando “a distribuição tida como normal” seria de 7% a 9% de trabalhadores naquela situação.
A exposição ao stress é maior e mais de 87% não se sentem recompensados, adianta o mesmo estudo. Mário Ceitil, professor universitário na área da Psicologia das Organizações, explica que o burnout se deve muito à constituição das empresas de hoje, onde, face ao adiamento da idade de reforma, laboram funcionários de gerações diferentes, com aspirações distintas em relação ao emprego.
Dos 18 até aos 30 anos, os jovens de hoje procuram sobretudo desafios, ao passo que dos 30 até aos 50, os trabalhadores procuram reconhecimento, dinheiro, posição e poder.
Já a gerações dos 55 em diante procuram estabilidade. Só por isso há algum conflito, porque a empresa pode não ser capaz de responder a todos os valores dos colaboradores.
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