Nasceram na véspera de um dia aziágo e adoptaram esse nome semanal como orago de sucesso, a banda formada em Pombal Quinta-feira 12 está de volta e com um novo álbum.
Lançado no dia 17 de Março chama-se Quase Pop, devido ao registo de fusão de estilos musicais que a banda adoptou. Manteve a sonoridade indie, mas adicionou- -lhe outros instrumentos.
"Não deixamos de ter as guitarras no nosso som e a mesma mensagem de sempre. É um som irónico, mas menos rebuscado. É pop, mas com a presença de certos instrumentos que faz com que não seja totalmente pop", afirma João Correia que, em conjunto com o Rodolfo Jaca, fundou os Quinta-feira 12.
O músico adianta que o CD foi um encontro com “inúmeros géneros e influências distantes”.
“Um espectro complexo de ansiedades e certezas em instrumentais electrónicos que não dispensam o legado das guitarras. Chamar-lhe Pop seria redutor. Ficámos-se pelo ‘quase’ para nele caber tudo aquilo que nos inquieta.”
Correia e Jaca também integram as bandas My Cubic Emotion e The Year mas ressalvam que, neste Quase Pop, não houve cruzamento das influências hardcore/metalcore desses projectos.
11 de Abril – Coimbra – Convento de São Francisco
17 Abril – Vila Real – Café Concerto
25 Maio– Pombal – ADAC
19 Junho– Lisboa – Gigs at Work
"Só estamos ligados a Quinta-feira 12 e ao nosso álbum anterior Fiasco.Não perdemos aquele sentimento do rock, que já tínhamos."
Se o anterior trabalho do colectivo de Pombal era visto como o relato de uma viagem em busca do sucesso no mundo da música, a banda admite que este novo álbum faz outro [LER_MAIS] périplo ainda maior, já que, nos nove temas da colectânea, ficam expressas as ansiedades, as alegrias e todos os pequenos episódios.
Após banda actuar, em Agosto, no Festival Ti'Milha, na Ilha (Pombal), o colectivo entrou em processo criativo. "Resolvemos parar os concertos só para nos concentrarmos nisto."
A composição e escolha dos temas deste trabalho, ao contrário de Fiasco, onde houve uma parceria entre Rodoldo Jaca e João Correia, contou com a colaboração dos dois novos músicos da banda – Pedro Freitas e Pedro Correia – e o resultado é uma sonoridade marcada por várias influências pessoais de cada um dos elementos.
"Agora somos quatro e resolvemos aproveitar o contributo de todos em vez de fazermos as coisas apenas em duo", sublinha Correia.
E se Fiasco, que saiu em 2016, foi editado com o selo Rastilho Records, editora de Leiria, Quase Pop é uma edição de autor.
"Essa parceria correu bem, mas, desta vez, preferimos tentar outra abordagem porque queríamos experimentar fazer tudo, da composição à edição e lançamento."
A apresentação do álbum foi feita num concerto sui generis, nas redes sociais, com um espectáculo com quatro temas do novo álbum tocados ao vivo.
"De certa maneira, demos a conhecer a banda em palco, para quem ainda não nos conhecia. A nossa ideia para este ano é não parar e estamos a fechar datas de espectáculos", sublinha João Correia.