Após obras de requalificação, que implicaram um investimento superior a três milhões de euros, o cine-teatro de Ourém vai reabrir no próximo dia 2 de Junho, agora com a designação de TMO – Teatro Municipal de Ourém e com um director artístico e programador, João Aidos, ex-director geral das Artes. A inauguração das obras contará com presença da ministra da Cultura, Graça Fonseca.
O concerto inaugural caberá a António Zambujo, que subirá ao palco acompanhado por músicos da Ourearte – Escola de Música e Artes de Ourém. Este espectáculo será em dose dupla: no dia 2, apenas para convidados, e no dia 3 de Junho, aberto ao público em geral, gratuito, mas com reserva antecipada de bilhetes, limitados a um ou dois por pessoa.
Para assinalar a reabertura, nos dias 4 e 5 de Junho, estão previstas visitas guiadas ao espaço, abertas à população, que poderá entrar “em sítios aos quais normalmente não tem acesso, como os camarins, a teia [de palco] ou a sala de estúdio”, revelou João Aidos, durante uma conferência de imprensa, realizada esta tarde, para apresentação da programação para os próximos meses.
A junção de artistas nacionais com músicos locais repetir-se-à no dia 17 de Julho, no concerto de Maria João e Budda Power Blues, que terá também em palco a banda da Sociedade Filarmónica Ouriense.
Antes, o Teatro Meridional apresentará a peça Sr. Ibraim, que subirá ao palco do TMO no dia 12 de Junho.
Seguem-se os concertos de Pedro Abrunhosa (dia 17 de Junho) e dos The Gift (dia 18). No dia 19, mas na praça exterior do TMO, onde foi agora criado um anfiteatro ao ar livre, actuará Pedro Tochas, com o espectáculo Descobrimentos, que promete “um serão divertido e descontraído”.
Estes três momentos pretendem substituir a FeirOurém, que costumava realizar-se no Centro Municipal de Exposições, por ocasião do Dia da Cidade (20 de Junho), mas que este ano volta a ser cancelada devido à pandemia e à ocupação do espaço com o centro de vacinação contra a Covid-19.
Em Agosto, o TMO fará um interregno na sua programação, abrindo a nova temporada em Setembro, com um concerto de Salvador Sobral. Para Outubro, está já confirmada a presença da Companhia Nacional de Bailado.
Integração na rede nacional de teatros
Para o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, o objectivo é que o TMO se afirme como um espaço “de todos e para todos”, contribuindo para a “democratização da cultura”, com uma política de preços “acessíveis” e uma programação “diversificada”, que ajude a “fidelizar públicos”.
Pretende-se também que o espaço possa fomentar “novos projectos artísticos” e que a comunidade seja envolvida na produção de espectáculos, adiantou o autarca, que acredita que há agora condições para “colocar Ourém no mapa cultural nacional”. Nesse sentido, é intenção do Município integrar a renovada sala de espectáculos da cidade na rede nacional de teatros.
“Este é um novo e grande projecto para a cidade”, reforçou João Aidos, que destacou a preocupação pela oferta de uma programação “o mais diversificado possível” e a pensar “em diferentes públicos”.
Castelo com reabertura as 8 de Julho
Durante a conferência de imprensa, foi também já divulgada a programação do Castelo de Ourém, ainda em obras. A reabertura está prevista para o dia 8 de Julho, sendo que, a partir de então, haverá alguns espaços com entradas pagas.
No dia 9 de Julho, o auditório do Castelo receberá um concerto de trompete, como Jéssica Pina. Friction, Openfield é o nome do espectáculo de artes visuais/media arts, que decorrerá no Castelo de 8 a 17 de Julho. No dia 10 de Julho, o monumento receberá um concerto de harpa, por Angélica Salvi. No dia seguinte, actua Rui Souza (Dada Garbeck) e os Beatbombers (DJ Ride e Stereoosauro). Todos estes concertos são gratuitos.
Antigo director-geral das artes na direcção do TMO
Para a direcção artística do Teatro Municipal de Ourém (TMO) foi designado João Aidos, que desempenhou funções de director-geral da C Cultura, com Gabriela Canavilhas no Ministério da Cultura. Teatro Virgínia (Torres Novas), Convento de São Francisco (Coimbra) e Centro de Artes de Águeda foram outras salas de espectáculo às quais João Aidos esteve ligado como director artístico e/ou programador