Arranca esta noite no Teatro Miguel Franco um ciclo de cinema dedicado a António Campos, realizador natural de Leiria e um dos mais relevantes documentaristas do século XX português.
As sessões são uma oportunidade rara para conhecer a obra do cineasta, já que os seus filmes não se encontram disponíveis nem em DVD, nem em streaming, o que os torna pouco acessíveis, explicou o realizador e crítico Álvaro Romão ao JORNAL DE LEIRIA, num artigo publicado na edição de 29 de Fevereiro.
Hoje às 21:30 horas dá-se início a esta iniciativa do Município de Leiria e da Cinemateca Portuguesa com os filmes A invenção do amor, que conta a história de um casal que é perseguido por ter inventado o amor, Almadraba atuneira, que homenageia os pescadores de atum algarvios e A Festa, que acompanha as celebrações em honra de S. Pedro e conta com imagens que inicialmente seriam para integrar Gente da Praia da Vieira.
Ao longo de várias sessões, até 20 de Março, pode conhecer-se melhor o trabalho daquele que, na opinião de Álvaro Romão, é “sem dúvida o grande realizador de Leiria”.
António Campos distinguiu-se de outros realizadores pela sua maneira de ser, pela sua maneira de vestir e pela forma como realizava os seus filmes. Ficou conhecido por não impor uma visão, preferindo ser um observador e um bom ouvinte.
Vão ser exibidos os filmes Retrato dos das margens do Rio Lis, Histórias Selvagens, Paredes pintadas da revolução portuguesa, A tremoceira de cristal, Um tesoiro, Gente da Praia da Vieira, O senhor, Vilarinho das Furnas, Leiria 1960, Falamos de Rio de Onor e Terra Fria.
A entrada será gratuita em todas as sessões sendo limitada à lotação da sala, excepto Terra Fria.