O Museu Joaquim Correia, na Marinha Grande, foi o local escolhido pela bailarina Inesa Markava para realizar a sua residência artística, durante o mês de Novembro, que culminará numa performance apresentada ao público, nos dias 3 e 4 de Dezembro, no âmbito das comemorações do 24.º aniversário do museu, anuncia a Câmara da Marinha Grande.
A artista tem visitado e trabalhado no Museu Joaquim Correia, para desenvolver uma performance coreográfica, inspirando-se na exposição de fotografia Arbórea, de Rute Violante, dedicada aos pinheiros serpentes da Mata Nacional de S. Pedro de Moel, na qual a coreógrafa participa.
O resultado da residência artística será apresentado no dia 3 de Dezembro, pelas 10 horas, em ante-estreia, para um grupo escolar, e no dia 4 de Dezembro, pelas 17 horas, para o público em geral, no âmbito da celebração do 24.º aniversário do Museu Joaquim Correia, expõe o município.
“O público será convidado a mergulhar em imagens, através da linguagem não verbal do corpo em movimento e da música. A performance procura reimaginar os lugares e as memórias colectivas sobre uma das florestas plantadas mais antigas de Portugal”, prossegue a autarquia. “Como dançam as árvores? Danças Infinitas levam-nos numa valsa infinita pela nossa imaginação.”
Inesa Markava nasceu em Minsk, na Bielorrússia, país com muitos lagos e florestas. Ainda muito jovem começou os estudos da dança e da música. Em 2002, ingressou na Universidade de Cultura e Artes, em Minsk, e durante três anos estudou teatro, arte, gestão, música e organização de atividades artísticas. Em 2005, ganhou uma bolsa de intercâmbio com Portugal e veio trabalhar para a equipa de programação cultural internacional na cidade de Leiria.
Continuou os estudos em dança contemporânea e clássica na Escola de Dança Clara Leão, e em 2006, começou a trabalhar na Sociedade Artística Musical dos Pousos em projectos como o Jardim das Artes e o Berço das Artes. Em 2007, foi convidada para coreografar o projeto Concertos para Bebés, com a direcção artística de Paulo Lameiro, que a levou a dançar em diversos palcos da Europa.
Em 2010, terminou a licenciatura em Estudos Artísticos e iniciou o mestrado em Política Cultural na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra com o tema Museus e Educação pela Arte. No âmbito deste mestrado desenvolveu, em 2012, um projecto artístico com o Museu da Imagem em Movimento (MIMO), em Leiria, com o qual mantém colaboração.
Em 2018, participou no Festival Abril Dança, em Coimbra e na Bienal Internacional de Arte de Cerveira. Seguiram-se novos projectos com os espaços museológicos de Leiria e, em 2021, criou o projeto global Museus Imaginários, numa lógica de mediação artístico-cultural de conteúdos e património através da linguagem da dança contemporânea.
Em julho de 2021 concluiu o seu doutoramento em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, sobre o tema da permeabilidade da dança contemporânea no contexto expositivo, com a tese intitulada Território entre. A dança no espaço expositivo.