O projecto que mais gozo lhe deu fazer
Aquele que mantenho há cerca de quatro anos, Carlos Vicente Sons Acústicos/Carlos Vicente Trio. Já não é um projecto, é sim uma realidade mas, deu muito gozo fazê-lo por ser uma coisa tão pessoal. Foi, e é, uma aposta na defesa do que eu entendo por cultura que valeu a pena, e acredito que vai continuar a valer, pela maneira como tem sido recebida pelas pessoas, quer na vertente acústica e mais intimista, quer na vertente banda de rock&blues. Aproveito para agradecer.
O espectáculo, concerto ou exposição que mais lhe ficou na memória
Daqueles em que participei, foi sem dúvida o Festival Só Rock, da Radio Comercial, em Coimbra, 1981. Era um festival/concurso com dezenas de bandas de rock e várias semanas de duração. Tinha 20 anos, e diverti-me à brava. Dos que vi, guardo o concerto dos Tantra (banda portuguesa de rock progressivo dos anos 70/80), algures em 78 ou 79, era algo muito à frente na altura e impressionou-me bastante.
O livro da sua vida
Ainda não o encontrei.
Um filme inesquecível
Matrix. O “sistema” domina, manipula e alimenta-se dos seres humanos. Contrariá-lo é uma luta exigente.
Se tivesse de escolher uma banda sonora para si, qual seria?
Qualquer coisa do Jimi Hendrix.
Um artista que gostava de ter visto no Teatro Stephens?
Um? Eu. Mais do que um? Todos os artistas da cidade, as bandas, os do teatro e todos os que fazem artes de palco. Até uns quadros dos nossos pintores ficariam bem naquelas paredes.
Uma viagem inevitável
Gostava de ir à Coreia do Norte. Para “tirar dúvidas”.
Um vício que não gostava de ter
Confesso que a televisão é um problema difícil. Estou sempre na expectativa de um programa bom, e já tive várias overdoses do inverso.
Um luxo
Ter amigos bons como eu tenho, uma família que se ama e tem paciência para me aturar, e o carinho que recebo de quem me ouve e gosta de me ouvir cantar ou tocar. Um luxo é ter isto tudo ao mesmo tempo.
Uma personalidade que admira
Uma só é difícil mas, posso nomear Álvaro Cunhal, Agostinho da Silva, Jorge Palma… Che Guevara.
Uma actriz que gostava de levar a jantar
A Rita Pereira. Para lhe aconselhar outra profissão.
Um restaurante da região
Os assados da “casa da velha”, na serra de Porto de Mós. Continuam no top. Mas a verdade é que temos tantos e tão bons restaurantes que nem me atrevo a salientar nenhum.
Um prato de eleição
Bacalhau à Brás… bacalhau de qualquer maneira.
Um refúgio (na região)
A zona de São Pedro de Moel tem vários. Gosto particularmente do Old Beach, na Praia Velha.
Um sonho para a Marinha Grande
Gostava que minha cidade fosse um exemplo a nível cultural, que desse mais destaque aos seus artistas nas várias áreas e que os promovesse muito mais, a todos. Gostava que a cultura fosse parte integrante do nosso dia-a-dia. A Marinha Grande tem condições para isso, tem infraestruturas e muita gente criativa, só falta mais empenho em apostar no que é nosso. Além disso, gostava que este exemplo se alargasse a outras coisas, como o emprego para todos, uma vida digna para todos, saúde, educação e desporto para todos. Marinha Grande, capital do bem-estar, da cultura e da boa educação cívica…utopias?