Em Novembro de 2017, uma revista brasileira publicou uma reportagem sobre a febre do poke em São Paulo, em que assinavala o crescimento dos negócios inspirados no prato típico originário do Havai, à base de peixe fresco. Vitória Dias, que é natural do interior do estado de São Paulo, tem uma explicação para o sucesso. “No Brasil, é uma comida que a gente consome muito. Eu consumia muito lá. É uma comida leve e saborosa”, descreve. Com o namorado e sócio, Jonas Polzin, também ele brasileiro, prepara-se para inaugurar em Leiria um restaurante especializado, Que Seja Poke, com abertura prevista esta semana.
Na rua Gago Coutinho, junto à Praça Rodrigues Lobo, no centro histórico de Leiria, já são vários os estabelecimentos com gastronomia internacional. E o próximo investimento de Jonas e Vitória contribui para ampliar a oferta. Ele chegou primeiro a Leiria, para estudar no Politécnico. Ela seguiu-o. “Vim visitar e amei. Depois de três meses já estava aqui”. Ambos gerem, também na rua Gago Coutinho, o espaço Que Seja Brigadeiro, onde há alguns meses vêm testando a receptividade do mercado ao poke, que os surpreendeu, pela positiva. “Muito melhor do que a gente esperava”.
A ementa inicial do Que Seja Poke inclui seis opções de entrada (tapioca, sashimi, ceviche de corvina ou salmão, grão de bico ou algas nori) e cinco prontos a comer principais (de salmão, atum, frango e vegetais, sempre com arroz). Em alternativa, os clientes podem montar um poke personalizado. Inclui também açaí, sumos especiais, cocktails (por exemplo, moscow mule, mojito e margarita) e sangrias. Nas sobremesas, encontram-se brigadeiros, gelados e pão de mel.
Dirigido a um público diversificado, que abrange tanto os mais jovens como as famílias, o Que Seja Poke vai funcionar com refeições para comer na hora ou em take away e delivery, todos os dias, excepto segunda- feira, entre o meio-dia e as 23 horas.
Com os negócio a crescerem, voltar ao Brasil não está nos planos de curto prazo de Vitória Dias e Jonas Polzin, que elogiam “a qualidade de vida” que encontraram em Leiria, concelho mais pequeno do que o município de São José dos Campos, onde residiam, do lado de lá do Atlântico. “A gente conseguiu somar na cidade, fazendo o que queria, coisa que talvez lá fosse mais complicado. A gente se sente bem com o que está fazendo”.