A desafiar limites, a representar a diversidade e a experimentar outras combinações possíveis, o cartaz de concertos do Festival A Porta, que em 2021 se realiza no mês de Julho, promete momentos singulares e a oportunidade de ver e ouvir em Leiria algumas das propostas mais originais da música que, actualmente, se faz em Portugal.
Além dos bem conhecidos Sensible Soccers, a organização do Festival A Porta – que vai acontecer ao longo de nove dias, em três fins-de-semana – acaba de anunciar a presença da harpista Angélica Salvi, instrumentista e compositora espanhola a residir no Porto cujo primeiro álbum a solo, Phantone, tem selo da Lovers & Lollypops.
Também do Porto, chegam a cantautora Arianna Casellas, natural da Venezuela, editada pela Discos de Platão, e a experimentalista vocal Ece Canli, natural da Turquia, com álbum novo, Vox Flora, Voz Fauna, lançado no final de 2020.
O violinista Samuel Martins Coelho, o projecto Herlander e Dada Garbeck em colaboração com Ricardo Martins também vão actuar em Leiria no contexto do Festival A Porta.
O alinhamento fica completo com Sunflowers e Yakuza.
O experimentalismo, o punk psicadélico, o jazz, o hip hop, a electrónica, a canção e o improviso, numa fusão de possibilidades, em palcos integrados com a paisagem e o património do concelho de Leiria, anuncia o Festival A Porta, que decorre nos três primeiros fins-de-semana de Julho (dias 2, 3, 4, 9, 10, 11, 16, 17 e 18).
Em 2021, o Festival A Porta propõe música, criação artística, cinema, conversas e actividades para famílias e apresenta-se em formatos e espaços adaptados ao contexto de crise pandémica que ainda se vive no país e no mundo.
Cinema de Pedro Neves
A organização mantém, entre os objectivos do programa, a criação colaborativa e a activação de espaços e memórias comuns através da cultura.
Também hoje, anunciou um ciclo de cinema documental dedicado ao cineasta Pedro Neves, natural de Leiria. Serão exibidos os filmes Os Esquecidos (2009), Acima das Nossas Possibilidades (2014) e Tarrafal (2016).
O ponto central do Festival A Porta vai ser a Villa Portela, que a organização pretende que seja o mote para o despertar de um novo pensamento urbano e imaginário colectivo, através de um programa específico construído em diálogo aberto com a população.
Desde Abril, as recordações e os sonhos, as memórias e as ideias, da população, sobre a Villa Portela, estão a ser reunidas através do site do Festival A Porta e da circulação de uma réplica do chalet, em miniatura e a três dimensões, por cafés, restaurantes, escolas, associações, livrarias, lares e grupos informais.
As respostas servirão como base de trabalho para um ciclo de residências artísticas que culminarão em intervenções de diferentes formatos a serem instaladas e exibidas na Villa Portela, em Julho, durante o Festival A Porta, com o objectivo de gerar uma visita orientada às potencialidades da propriedade do século XIX e desvendar possíveis novos caminhos e relações com o espaço.