– Já não há paciência… para a minha paciência, está fartinha de mim, não me lembro de a perder muito.
– Detesto… comer pipocas a ver filmes sem fones. E o volume dos diálogos com as explosões também me fazem ficar com o comando na mão a controlar o volume, o que é chato.
– A ideia… é ouvirem a minha música enquanto cá estou ou enriquecerem os meus quando eu for, de preferência os dois.
– Questiono-me se… no próximo terramoto, o “tsunami” chega ao Campo Grande. Estou lá há pouco tempo e não queria nada mudar outra vez.
– Adoro… tocar ao vivo dias seguidos, refeições em família, serotonina lá pra cima e conchinhas quentinhas.
– Lembro-me tantas vezes… de velhos amores e velhos amigos, também de que um euro são duzentos escudos.
– Desejo secretamente… planear uma revolução e deixar descalços uns quantos gatunos de gravata. Mas tenho de ler mais livros e comer mais sopa para conspirar assim.
– Tenho saudades… do gajo que ainda não sou, mesmo melhorando acabamos sempre a querer ser melhores, então lembro-me dele de vez em quando, e tenho saudades do gajo, e quando ele chegar vamos ter saudades do Gajo que ainda não somos.
– O medo que tive… em todos os acidentes e emergências de saúde com familiares e amigos.
– Sinto vergonha alheia… de muitos diálogos da ficção portuguesa.
– O futuro… é um computador conseguir prever com pouca margem de erro, a futura causa de morte de várias pessoas que vão aceitar cookies só para sair da barriga da mãe e partilhar todos os dados físicos e psicológicos desde o dia de nascimento.
– Se eu encontrar… pedras no caminho, construo um T0 em Lisboa.
– Prometo… que não juro por nada.
– Tenho orgulho… não sei bem onde, disseram-me que era um pecado capital.