Regressa em Maio o festival A Porta, em Leiria, mas um dos momentos mais importantes da terceira edição está já no terreno: o crowdfunding lançado na plataforma ppl.com.pt que apela à participação da comunidade através de donativos individuais com recompensas personalizadas.
Quase todos os eventos da Porta são gratuitos para o público, mas os custos de produção têm vindo a crescer, à medida que o festival conquista ambição, audiência e notoriedade.
Através do crowdfunding, todos podem contribuir para a grandeza de um festival focado no centro histórico de Leiria e na fruição da cidade através da cultura.
Apoiar a Porta é "apoiar os artistas e as artes", salienta Gui Garrido, da organização, notando que o festival "tem que ser sustentável para todos" – "os artistas que vêm cá e as pessoas que trabalham na produção, para que o público tenha a melhor experiência possível".
Gui Garrido, do colectivo Meia e Dúzia e Meia de Gatos Pingados, defente também que é necessário "pagar pela cultura" tal como se paga "por uma água ou café". As artes "têm que ser apoiadas", afirma, sobretudo quando "grande parte da programação acontece em espaços públicos ou de acesso livre", como é o caso durante a Porta.
O crowdfunding financia apenas uma fracção do orçamento do festival, que chega a milhares de pessoas e depende de contributos públicos e privados.
A campanha no ppl.com.pt visa angariar 2.850 euros até 2 de Maio, mas é suspensa se o objectivo não for atingido, ou seja, no pior cenário nenhum donativo chega à organização.
Há quatro patamares de contribuição: 5 euros dão acesso a agradecimento personalizado em todas as plataformas virtuais do festival; com 20 euros quem apoia recebe também um vídeo personalizado; 50 euros dão acesso a um jantar temático e ao agradecimento personalizado em todas as plataformas virtuais da Porta: e a partir dos 100 euros os contribuidores são recompensados com jantar, agradecimento e gondoleiro privado no rio Lis.
A terceira edição do festival A Porta acontece entre 30 de Maio e 4 de Junho, na Rua Direita, Jardim Luís de Camões e Parque do Avião, com 20 concertos, 15 oficinas para todas as idades, jantares temáticos, exposição de artes visuais, projecção de curtas metragens, instalações de rua, dança, teatro e feiras, entre outros eventos.
Pelos vários palcos para concertos vão passar Galgo, Solar Corona, Mr Gallini, Palmiers, Ouzo Bazooka, The Poppers, The Twist Connection, Stone Dead e Them Flying Monkeys, faltando anunciar ainda alguns nomes.